Eu só peço
Que quando a morte chegar,
O brilho habitante dos meus olhos,
Não suma com meu corpo,
Mas sim passado pra outros olhares.
Eu só peço
Que quando a morte chegar,
E a fogueira do meu peito apagando,
Que se retire algumas brasas dela,
E que essas brasas acendam outras fogueiras,
Pra que o calor que movia meus pés,
Faça outros caminharem também.
Eu só peço,
Que quando a morte chegar,
E as palavras não saírem mais da boca,
Que se use o oceano dos meus sorrisos,
Pra que as palavras que eu ainda não disse,
Alaguem corações...
Eu só peço
Que quando a morte chegar,
E eu não conseguir mais lutar,
Então o mundo que sonhamos tanto,
Preencha a alma do próximo,
Pois assim viverei nele também...
Trabalhadores do mundo, uni-vos!
Sobre o Autor:
Pernambucano, ator, produtor cultural e escritor, Luiz Alladin escreve versos desde a infância, influenciado pela família, mas entrou de cabeça mesmo na literatura quando largou a faculdade de ciências contábeis e começou a frequentar os saraus. Hoje ele se dedica em escrever seus textos e a produzir eventos culturais na região onde vive, no interior de Pernambuco, preservando espaços de cultura de resistência.
Revisão: Pablo Gomes
#DiaDoTrabalhador (01 de maio)
Muito bom meu caro.👏👏👏👏