Os Cetélis foram os segundos contemplados e agora estavam em sua vez de fixar suas criações na terra, porém, acharam demorada a estadia dos Qtai-Detós e haviam se comprometido com outra obra em outro planeta, em outra galáxia. Assim, desceram a terra e, sem o desejo de demorar muito, fizeram de seu projeto algo entre os homens e os elfos. Intenderam em fazer um povo que morasse longe das criações dos Qtai-Detós, a fim de não rivalizarem por territórios, assim, escolheram uma região montanhosa, distante das florestas e campos, e ali fixou sua criação.
Ora, como estas criaturas deviam povoar as montanhas e cavar minas, os Cetélis os fizeram robustos, fortes e com baixa estatura, mas com uma vontade interior muito grande. A aparência não foi dada muito em conta pelos Cetélis, mas sua funcionalidade antes de tudo, eram muito resistentes e não adoeciam, envelheciam mais vagarosamente do que os homens, mas uma hora a velhice e a morte também chegavam até eles. Eram chamados pelos homens e elfos de povo mirrado, gente miúda, os pequeninos, e outros nomes, mas anões foi como ficaram conhecidos. Então partiram os Cetélis sem nem mesmo ver o início dos trabalhos de suas criações na terra.
Logo então desceram os Víroks, com raiva e incomodados por terem sido deixados por últimos, logo conceberam em trazer coisas maldosas, às avessas de tudo o que fora criado neste planeta antes deles. Assim criaram feras e bestas, lobos vorazes e de tamanho avantajado, criaturas grotescas de enorme tamanho e força, mas de intelecto desavantajado e de servis ao mau, que ficaram conhecidos como trolls. Grandes lagartos, alguns dragões que de seu ventre emitiam fogo, alguns dragões receberam asas, outros rastejavam e nadavam e estes não permaneceram por ali, adentraram os mares e por lá ficaram. Tendo sua maioria nadado rumo ao oriente e por lá preferiram ficar, outros ainda caminhavam na terra e espalhavam terror a quem os encontrassem, até mesmo alguns animais se tornaram ferozes depois disso.
Ainda afirmam que também criações dos Víroks são os insetos repugnantes como baratas, moscões, varejeiras e algumas espécies de mosquitos que muitas doenças transmitem. Mas, diferente das civilizações anteriores, os Víroks montaram uma base com alguns representantes e ficaram por um tempo para acompanhar suas criações neste novo mundo. Embora os Víroks nunca houvessem sido advertidos pelo alto conselho perto estavam de ser, pois tinham uma tendência e vontade para o mal e, por diversas vezes, faziam obras que resultavam em coisas ruins, mas fingiam ser sem intenção. Contudo, o alto conselho procrastinava um julgamento contra eles, pois evitavam o conflito e só agiam quando não houvesse alternativa. Preferiam a política ao invés do confronto.
Sobre o Autor:
Brasileiro, taubateano e descendente de italianos, Igor Demerval David (I. D. D. David) é formado em administração de empresas e graduando em educação física, servidor publico municipal, e praticante de karatê, apaixonado por literatura contextualizada em ambientes medievais ou análogos, principalmente as obras de J. R. R. Tolkien.
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