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Foto do escritorIgor David

ECOS DE CIRTAN - Capítulo V – Das investidas de Bóron

Nesse tempo então saiu Bóron de suas cavernas e levou consigo grandes lagartos, uma hoste de orcs, alguns trolls e um dragão, contornando pelas planícies que hoje são conhecidas como as planícies de Sicar foram até as montanhas, na primeira cidade dos anões, e a invadem e a devastam, matando a todos anões, levando apenas alguns cativos e todo o tesouro que ali estava.

Assim, continuam sua marcha de terror e chegam à segunda cidade dos anões, lá começam também a queimar e a pilhar a cidade, mas desta vez um destacamento dos homens vem para ajudar e então foi feito frente às forças de Bóron. A batalha foi dura e intensa, até que chegou ali um destacamento dos elfos e juntas as três raças rechaçaram as forças malignas, sobrando apenas uns poucos orcs, os grandes lagartos e o dragão, que bateram em retirada. Muito inesperada foi a ajuda dos elfos, mas foi na hora mais bem vinda, então Naeval, Inieval e Iorgson chamaram os Reis elfos e os Anões para uma reunião e propôs que fosse feita uma união de forças para derrotar o mal, mas tanto os elfos quanto anões não se sentiram dispostos quanto a isso, e Inieval dizia: “Não pensem que estarão seguros em Decáris e em Farbad, pois este mal não está atrás de terras ou tesouros, querem nos exterminar”!

Neste dia, nenhum acordo foi feito entre as três raças, e os homens continuaram sendo os mediadores entre elfos e anões. Quando era preciso que um dos lados ajudasse o outro, nada faziam a menos que os homens entrassem na empreitada, então o outro lado acabava apoiando de alguma forma. Tempos depois, uma aldeia dos elfos, aqueles que habitavam nas florestas, foi atacada pelos orcs e um grande lagarto cuspidor de fogo, não houve sobreviventes. Quando os elfos da grande cidade chegaram, tentaram perseguir os orcs, mas sem sucesso, contudo, puderam perceber para qual direção haviam fugido, para as cadeias de montanhas, onde estava estabelecido o covil de Bóron.

Em pouco tempo Bóron investe contra a segunda maior cidade dos elfos, comandada por Fuindilas, desta vez além de orcs, trolls, grandes lagartos e dragões, o próprio Bóron foi à batalha. Atacaram sem piedade e grande debulha e derrubada causaram à cidade, houve muito fogo e estavam prestes a sucumbir quando chegou auxílio da grande Decáris. A batalha se engrandeceu e pesado era para os elfos lutar contra criaturas enormes, mas antes que suas forças se cansassem, em alguns dias, chegou apoio vindo grande parte dos homens e alguns anões. Por fim Bóron foi derrotado, mas bateu em retirada ele e seus serviçais malignos, voltando para as catacumbas que habitavam nas cadeias de montanhas.

Alguns meses depois, Bóron envia suas mais novas criações, homens dragões que são chamados draconianos ou draconatos, e junto com eles orcs, trolls e lobos de carapaça, que eram uma outra criação de Bóron, até a cidade dos anões e atacam a cidade com toda voracidade. Os anões tentam resistir, mas não conseguem fazer frente aos ataques, pois voaram para lá dois dos dragões de fogo e fizeram muito estrago na cidade, demorada foi a batalha até que se chegasse auxílio por parte dos homens, mas quando estes chegaram à sorte virou de lado e as forças de Bóron começou a perder a batalha. Grandes bestas e balestras atiravam flechas nos dragões e, aos poucos, foram rechaçados, mas ao fim muito poucos anões sobraram.

Os remanescentes então dos anões desceram até o reino dos homens e, uma comitiva de anões e homens, foram até Decáris tratar com os elfos sobre a ameaça de Bóron. E Inieval disse: “Fuindilas sentiu na pele o ataque de Bóron e seus monstros, os anões foram os mais afetados até agora, nós homens fomos atacados diversas vezes, mas de modo pequeno, porém em mais vezes, se continuar assim, logo não restará ninguém entre nós. Chegou a hora de lutarmos não, pela nossa raça, mas pelo nosso mundo, eu estava aqui quando Bóron aqui esteve e se anunciou como o senhor deste mundo, por acaso está ele mais longe ou mais perto disso agora”?

Então Fuindilas concordou com Inieval, os anões concordaram e os Reis elfos Micras e Nalon se puseram com eles neste objetivo. Por conta das perdas recentes de Bóron, imaginaram que ele estaria agora com força reduzida e concordaram em atacar o mais breve possível para pegá-lo desprevenido e assim ter vantagem contra o mau. Ocorre que Bóron era bom jogador e não havia até o momento mostrado sua força total. Em segredo, estava desenvolvendo umas de suas maiores aberrações e, na mistura de homens cativos, com feras e trolls, estava dando à luz gigantes, grandes criaturas que tinham em torno de seis a sete metros de altura, alguns se assemelhavam a grandes humanos com defeitos e nenhuma beleza, outros com animais em corpo de humanos, alguns ainda se assemelhavam muito aos trolls.

Suas cadeias de cavernas subterrâneas fervilhavam de orcs, draconatos, grandes lagartos rastejantes, de andar em quatro patas e aqueles que possuem asas, alguns além de serem terríveis em mandíbulas, dentes e garras, ainda cuspiam fogo, outros cuspiam um líquido ácido. Havia também os lobos de carapaça, tais quais os dragões possuíam.

 

Sobre o Autor:

Brasileiro, taubateano e descendente de italianos, Igor Demerval David (I. D. D. David) é formado em administração de empresas e graduando em educação física, servidor publico municipal, e praticante de karatê, apaixonado por literatura contextualizada em ambientes medievais ou análogos, principalmente as obras de J. R. R. Tolkien.

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