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Escrevendo sobre ruínas

Atualizado: 25 de jan. de 2021

Ruínas literárias, claro.

Se você acompanhou meus textos até aqui percebeu que há muitas lembranças de ou semelhanças com textos antigos.

Plágio?

Não sei.

Se for assim...

Parece-me que tudo se resume ao Forasteiro que aparece no povoado; Histórias de Terror ou Godzilla versus King Kong.

Não acredito que há a possibilidade de escrever algo inteiramente novo. Não sei... Talvez seja extremamente chato. Acredito que o clichê conforta e desestressa, dá um ânimo. Acho. Lembre-se sempre que minha visão é única e baseada em achismo apenas.

Goste ou não, concorde ou não. Você é livre para discordar. Já basta a própria limitação da linguagem. Essa coisa fascista que nos obriga a usar modelos, padrões, etc. Um amigo disse que só a poesia é livre. Realmente livre. Mas sou escravo da prosa. Do formato, do gênero. Há escravos que se acostumam com a escravidão e nem se conscientizam disso. Tento deformar a obra, desrespeitando padrões. Mas nem sempre consigo. Percebo que algumas histórias que escrevo se desenvolvem sozinhas. Como um fio de lã emaranhado que ao puxar uma ponta vai crescendo e quando vejo não consigo mais enrolar o novelo.

Bom... Digressões e devaneios deixados lateralmente. Deixe que eu explique os três únicos roteiros ou enredos ou tramas, escolham o nome que acharem mais conveniente, que existem em todas as histórias do mundo até agora.

Veja. Não quero definir nada. Apenas provocar uma análise. Daquelas de boteco mesmo. Sem métodos científicos. Serei sucinto, prometo.

Vamos lá:


Roteiro básico número 1:


Forasteiro chega ao povoado, ao vilarejo ou à cidade.


Várias histórias como exemplo:


- Indiana Jones, Star Wars, Faroeste, 007, Senhor dos Anéis, Cruzada, etc.


Perceba que em algum momento alguém chega de fora. Não ocorre apenas no começo do filme ou livro. Alguns farão paralelos à jornada do herói. Até há certo paralelismo. Mas note que nessas histórias alguém vem de fora: O mago, o agente do FBI, o Robô, O cavalheiro medieval, Etc.

Também há teores de vingança, amor, tragédia, comédia, etc. Mas isso são temperos. São detalhes (temperos, não se esqueça) que estão intrínsecos a todos os humanos.

Devemos entender o Forasteiro como qualquer personagem que não seja do Mundo Comum do protagonista – talvez seja essa a razão do paralelo com a jornada do herói –, Veja os exemplos que usei como exemplo. Há casos que o forasteiro retorna em busca de redenção ou vingança. Rei Leão seria um exemplo. O próprio protagonista é o forasteiro, Simba retorna volta ao Reino para vingar o pai e buscar o que lhe pertence. Ou não? Faz tempo que não assisto. Há quem diga que há paralelos com Hamlet. E nem sou e que estou dizendo. Foi Christopher Vogler, em A Jornada do Escritor.

Bom... Sem mais citações. Acho que já deu para entender como funciona esse roteiro.

Vamos ao próximo:


Roteiro básico número 2:


Histórias de Terror.


Nesse caso, tem que envolver (na maioria das vezes) o sobrenatural: Demônios, Vampiros, Lobisomens, ex-namorados ou ex-namoradas psicóticos, assassinos em série, mutantes em campos radioativos e por aí vai. Nem precisa de exemplos, né?

E o último e que mais tem por aí:


Roteiro básico número 3:


Kong versus Godzilla.



Não. Não é por causa do filme. O filme só reforça essa minha teoria.

Aqui é isso mesmo: Tiro, porrada e bomba.

Só. Não é nada metafórico, tipo bem contra o mal e tal. É isso mesmo. Monstrão, exército, muitos tiros e explosões.

Nesse caso, o monstro pode ser alienígena. E o oponente pode ser humano. Tipo Alien, o 8° passageiro.



Não quero ditar regras nem padrões. Somente desejo que tentem achar essas características. E me digam se não é tudo uma reconstrução a partir desses três enredos. Tipo Cores Primárias, entendeu?

As outras cores ou enredos são variações ou misturas desses três.

Em um mundo dicotômico, binário, polarizado, fla-flu, etc., acho que três são até uma subversão artística nesses tempos.


Até mais.


Quiçá com mais seriedade.

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