Elisa chegou à delegacia e não reconheceu quem a aguardava em sua sala.
— Delegada, estava a sua espera pra informar sobre os novos procedimentos. Estou a frente da investigação ao detido que morreu aqui nessa delegacia e, serei figura frequente por um tempo.
— Eu já esperava.
— Pode me chamar de Ribeiro. Pelo que eu vi ele era o gerente da Caixa. Qual o motivo da detenção?
— Na verdade ele foi trazido para averiguações porque entregou dados manipulados da conta de uma vítima de assassinato que está ligada a uma organização criminosa que estamos tentando desmanchar.
— Nessa cidade? Quem diria...
— Vou pedir ao Tavares pra lhe arranjar uma mesa.
Depois de pedir ao estagiário que acomodasse o novo investigador, Elisa seguiu para uma reunião com o restante da equipe.
— Elisa, onde você quer chegar com essa tal investigação? Já nos encrencamos com duas prisões temporárias, a sua mãe ainda está desaparecida... — Indagou Saldanha.
— Eu quero chegar ao fim dessa história. Reuni vocês aqui porque rastreamos o celular da minha mãe e descobrimos uma localização.
— E isso for uma armação deles?
— Só vamos saber quando chegarmos lá.
Mesmo um pouco a contragosto, Saldanha tomou frente da primeira viatura e partiu com Pereira em direção ao local rastreado. A delegada e outros investigadores os seguiram. Depois de quase meia hora pela rodovia, entraram numa estrada de terra e continuaram por uma hora até avistarem um sítio. Logo ao ver, Saldanha parou o carro e, estacionados, seguiram a pé até a porteira.
O carro próximo à varanda denunciava a presença de pessoas no local. Dividindo os policiais, Elisa seguiu pela frente da casa e tentou ouvir ruídos internos chegando perto da porta. Pouca movimentação.
As janelas e portas de madeira, fechadas, não permitiam visão interna. Com certeza de colegas a postos nos fundos da casa, Elisa arrombou a janela frontal e, ao entrar, encontrou a mãe dentro da casa, muito assustada.
— Elisa? O que você está fazendo aqui?
— Como assim? Estamos a dias atrás da senhora.
— Graças a Deus. Eu nunca pensei que uma coisa dessas poderia acontecer.
— Tem mais gente aqui?
— Não. Só me deixaram presa na casa e sumiram. Até tentei fugir por algum canto mas isolaram tudo.
Reuniu os policiais, a mãe e seguiu de volta para a cidade.
Sobre o Autor:
Capixaba natural de Ecoporanga, atualmente residindo em Feira de Santana-BA; estudante de Pedagogia, escreve desde criança. Apaixonado por café, criança, história, arte e cultura brasileira. A Arte de Viver foi sua primeira novela publicada, além da coletânea Contos Oh! Ríveis, de humor, estando presente em coletâneas de contos e poemas do Projeto Apparere e contos disponibilizados na Amazon.
O gênero policial vem sendo seu novo foco na escrita, explorando a temática familiar, um prato cheio para discutir as relações da sociedade e refletir sobre as atitudes passionais.
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