A morte bateu em minha porta
Era torta, à bala no seu zig-zag infernal,
Bang! Bang! Avisou quem é!
A tarde escurecia, querendo chorar.
A morte não escolhe seu destino, menino,
Não reconhece classe social,
Nem seu lugar!
Ela mata!
Aguarda o seu credor,
Não tem remorso, não faz papel de divorcio,
Ela mata! E matando tudo, ela leva,
Pra onde não sei.
Minha bela!
Não me espere pra ir dormir,
Pois na minha sombra algo me assombra,
Pode ser a morte,
E com essa não tem como negociar,
E contigo não vá me deitar.
Sobre o Autor:
Pernambucano, ator, produtor cultural e escritor, Luiz Alladin escreve versos desde a infância, influenciado pela família, mas entrou de cabeça mesmo na literatura quando largou a faculdade de ciências contábeis e começou a frequentar os saraus. Hoje ele se dedica em escrever seus textos e a produzir eventos culturais na região onde vive, no interior de Pernambuco, preservando espaços de cultura de resistência.
A morte é democrática, e não aceita fórum privilegiado. parabéns pelo trabalho meu caro.