Tudo que a mulher faz assusta ou desgosta
Esta estigma lhe foi imposta
Você finge que gosta quando ela goza.
O sangue na calcinha te enoja
Mas se estiver com a mesa posta
Você finge que dela gosta.
Para toda obra ela é disposta
Até nisso, de você ela é oposta
Respeita a mina seu monte de bosta.
Sobre a Autora:
Escritora e poeta, nascida em Pernambuco, mora nos Estados Unidos, desde 2002. Autora de Memórias de Armário; Carnaval, Futebol e Pandemia e dos contos das antologias: Gordes (Se liga editorial) e Nordeste em cores (Coletivo Oxelgbtne). Sua vivência como imigrante lhe proporcionou uma visão culturalmente diferenciada para proporcionar às suas personagens um empoderamento há muito perseguido pelas mulheres brasileiras, propositalmente proporcionando-lhes inevitáveis finais felizes.
Revisão: Carol Vieira
Eu sou fã desse poema lindo!
Realista e atual!!! Adorei o poema!!!
Respeita a mina seu monte de bosta.
Eu amo essa mulher!!
Na luta pra sempre! Muito real o poema. 😘