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A Epopeia do Café


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Mulher etíope moendo café torrado. Foto de Taylor Wilcox (unsplash)

Veio de tão longe, de um continente chamado África

Brotou nas altas terras da Etiópia, na província de Kaffa

Nessa época, era usado pelas tribos do continente africano,

De sustento para animais à força dos guerreiros, um balsamo.


Seu nome se origina da palavra Gahwa,

Ficou conhecido como o vinho da Arábia.

Seu cultivo inicial data de 575, no Iêmen se estendeu

Indo para Constantinopla, França, até as Américas transcendeu.


Adentrou no Brasil de forma clandestina;

Em grão de Café arábico, provindo da francesa Guiana,

Pelo Governador do Grão-Pará, onde teve primeiras plantações

Mas, em São Paulo e em Minas Gerais, obteve as altas produções.


Sua propagação no Brasil veio de um intenso sofrimento,

Do suor e sangue, opressão e tormento;

Das correntes frias da escravidão

Os senhores de escravos, expandiram a produção.


Com o fim da escravidão, a conclusão do processo de abolição

Para a indústria cafeeira, foi necessária a readequação.

Aos europeus a imigração, aos ex escravos a eugenia;

Conduziram os pretos para a marginalia.


A crise de 1929, foi refletida no Brasil, já éramos neocolonizados

Da indústria cafeeira estoques de café foram queimados.

Para o controle dos preços, uma colônia em devaneio

Superada a crise, nosso país continuou a usar o café como esteio.


Hoje o Brasil é um dos maiores produtores mundiais

Concorrendo com Colômbia, Vietnã e Indonésia.

Da África, Arábia, Europa, Brasil, o grão seguiu sua trajetória

O Café continua sua epopeia, de braços dados com a história.


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Sobre o Autor:

Hugo Britto, nascido em Recife no dia 15/03/1985, tem formação em Engenharia, mas é apaixonado por Literatura. Começou a escrever por razões da militância socialista, e a atividade se tornou um Hobbie. Hoje escrevo mais poesias, folhetins, Contos e ensaios (Filosofia, Sociologia).



Revisão: Luiza Fernandes

5 comentários


Luiz Rodriguez
14 de abr. de 2021

Parabéns pelo trabalho meu caro. P A R A B É N S.

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Marcelo Taranto
Marcelo Taranto
14 de abr. de 2021

Belíssima retrospectiva histórica! Como algo tão corriqueiro, pode transformar-se em poesia. É isto que nos faz humanos! Parabéns, por conseguir extrair da simplicidade o belo. E o belo nos faz muito bem!

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Aline Amorim
Aline Amorim
14 de abr. de 2021

Poesia magnífica, me fez viajar no passado histórico desde a descoberta do café. Parabéns! Amei!

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Hugo Britto
Hugo Britto
14 de abr. de 2021
Respondendo a

❤️

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Jussara Helene Martins
Jussara Helene Martins
14 de abr. de 2021

Muito bom! Café tem muitas histórias para contar!

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