Na vasta imensidão rósea de um crepúsculo de verão,
Enxerguei teus olhos em meio à névoa de escuridão.
Dois faróis acessos que rejuvenesceram
Minh’alma perdida em solidão,
E que aqueceram como fogo
Um humilde e desprendido coração.
Oh! Quão belos montes o horizonte deles me faz avistar!
Quão belos campos floridos, florestas densas e oceanos sombrios!
Se tu soubesses o quanto se vê
Ao focalizar no universo do teu olhar...
No amarelo despedaçado vê-se o teu próprio sol;
Nos verdes extasiados, vê-se as profundezas de águas pouco navegadas,
Mas que têm muitos mistérios escondidos...
Nas curvas de teu sorriso vê-se, enfim, a alegria de um pequeno ser,
Encobrindo a nobreza firme
Do caráter oneroso de um grande ser.
Se pudesses enxergar-te como eu o consigo ver,
Veria que tens muito mais para ao mundo oferecer
Do que teu singelo modo de ser.
Modo esse, que faz-me compreender
Que a vastidão de meu infinito
Completa-se tão somente a mim te pertencer.
Sobre a autora:
Nascida em Porto Alegre, Jéssica Volino Berwig é escritora e acadêmica de Direito. Apaixonou-se pela leitura e pela escrita desde a infância, e desde então nunca mais deixou de escrever. Seu primeiro livro, escrito aos sete anos, foi publicado pela escola, e desde então ela tem encarado diversos projetos literários.
Comments