Recife
Cortada por rios, envolvida pelo mar
Cidade de pontes e viadutos
Capital do meu Pernambuco
Recife
Cidade que nasceu pelo comércio
Pela guerra se fez autônoma
E virou capital do Nordeste
Recife
Líder de revoltas e revoluções
Foi a primeira cidade a se declarar
Livre de coroas alheias
Recife
Cidade brotada da lama do mangue
Incrustada de palafitas
Que jamais perdeu a cultura do subumano
Recife
Que não é culta, mas é rica
Que não cheira bem, mas é bela
Que precisa de restauração
Recife
Terrinha quente e ensolarada
De clima úmido, até molhado
Cunhada para não se sair da praia
Recife
Ganhaste teu nome por afundar navios
Viraste porto seguro contra invasões
E teu mar habitat de tubarões famintos e vorazes
Recife
Tudo o que tenho a dizer assim se resume:
Diamante bruto a ser lapidado
Lugar impossível de não ser amado
Pablo Gomes, março de 2014
Pernambucano, ator e escritor. Escreve em versos desde a infância e entrou de cabeça no universo dos contos e romances em 2009. Escreve em diversos gêneros, desafiando-se regularmente. Tem trabalhos em obras realistas, de fantasia, ficção histórica entre outros. Idealizou o Literatura Errante, inicialmente um blog, e tem batalhado para fazer o Literatura Errante acontecer nos novos moldes.
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Skoob (autor): Pablo Gomes
Adorei! E amei a foto da Fundação Bertrand! Visitei uma vez, que saudades
Linda homenagem, Pablo! Parabéns!
Bela homenagem 👏🏼
Singela homenagem!