Sobre esse tema
É fácil um poema
Após tanta carência
É mestre em tal ciência
Conviveu com a tortura
Ficou presa no embaraço
Aprendeu que lonjura
Não é medida pelo espaço
Foi ainda ridicularizada
Pensou que entender a razão seria bacana
Do que levava alguém a rir de uma linda carta
E dispensar sua autora ardendo em chama
Desse dia até atualmente
Completaram-se quase dez anos
Mas, se anima mentalmente
Por acreditar que o destino faz planos
Guarda as fotos dele virtual
Para suprir seu lado apaixonado
Sabendo que não é real
Suplica por contato
Seja por tato
Seja por voz
Tudo está planejado
Para estarem a sós
Neurótica fica só de imaginar
Em vê-lo despido
Caótica tende a estar
Ao recordá-lo tão exibido
Não se contenta mais
Com curtida ou visualização
Seu ‘eu’ clama demais
Por investida e aproximação
Ausência e desejo
Não combinam
Carência e desprezo
Apenas judiam
Se ela contasse
O quanto se arrepende
Se ela confessasse
Tudo que não a preenche
E que nunca hesitou
Nem mesmo em se mudar
O que de fato a impediu
Foi a ambos respeitar
Por mais que tinha loucura
Havia cuidado e espera
Isso foi comprovado na doçura
De uma confissão dura e sincera
Onde há verdade, há oportunidade
Onde há paciência, esperança
Onde há respeito, bonança
Onde há desprezo, segredo
Observe o dia a dia
Compreenda a efemeridade
Acabe com essa agonia
Mata de vez essa saudade!
Q maravilhoso, consegui achar memórias particulares dentro desse doce afago no coração!! Gratidão
Gratidão! Amei o trabalho que realizam com os autores.