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Um milagre ao pavio

Nenhuma prece, nenhuma pressa.


Tachas em calendários do ano novo

promulgam a morte que não viram,

a fumaça que esvaziou-se.

Através da chuva, o fogo,

a bipartir em corações o ar,

não tem alma, tem ponteiros...


Crês assim, de lado a lado, no intelecto

que a juventude assola e a velhice torra,

como quem crê em dividendos para amar

uma causa que a nada anela.


Ah, mesmo ao fim deste século,

ser tão quente por dentro, ó inverno,

para acender sozinho uma vela.

 

Sobre o Autor:

Daniel Cosme é graduando em Letras, Português, na Universidade Federal de Pernambuco, desde 2018. Vem escrevendo poesia há não mais que três anos, com variados interesses estéticos, e envolvido com temáticas relacionados ao encontro e desencontro, medo e esperança. E apesar de cristão, não escreve louvores; às vezes, sátiras sobre isto. Crê que a poesia é um espaço livre de pecados.

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