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Philosophus Tavernisticus - De Homo Sapiens a Homo Heroicus (Parte 3)

Atualizado: 21 de abr. de 2021



De Homo Sapiens a Homo Heroicus

Ou a influência da mitologia quadrinesca em nosso cotidiano - Parte 3


Eu não imaginava que esse assunto seria tão explorado.

Alguns podem achar que é procurar pelo em ovo. Mas não penso assim. Há na Literatura, na obra literária, sempre três coisas relevantes: A Filosofia, A Estética e a Visão de Mundo. Elementos que dão o almejado Valor Literário.

Encontramos essas coisas nas Histórias em Quadrinhos?

Estou achando que sim e muito.

Não quero defender nenhum ponto, apenas chamo-lhe a atenção para olhar com mais afinco para determinadas obras.

De certa maneira, encontro nos quadrinhos um nível de possibilidades determinado pela imaginação dos autores que só agora o Cinema com CGI pode alcançar. Na literatura conseguimos desenvolver narrativas fantásticas e lá, no terreno fértil da mente dos autores, homens podem voar, as mãos de magos emitem raios, feiticeiras se transformam em lobos, corujas, gatos; ou uma varinha faz objetos levitarem.

Embora a ficção fantástica nos permita mirabolantes feitos, a união dessas palavras, dessas ideias com os desenhos sequenciais desnudou a mente desses artistas. Alguns podem falar que a pintura limita a imaginação do leitor. Até concordo, mas desenhos também nos deram direções que talvez sozinhos não conseguíssemos imaginar.

Uma coisa que penso é em relação à Valfenda, minha imaginação não foi a mesma do Peter Jackson na adaptação para o Cinema de O Senhor dos Anéis. Nem sei se a arte foi criada por ele ou baseada em Alan Lee. Talvez Alan Lee tenha direcionado algo. Não lembro, preciso ver novamente os extras do DVD. Acho que sim...

As divagações misturadas às digressões são sempre coisas que tento evitar. Desculpe...

Voltando...

Vivemos uma época que finalmente os quadrinhos servem como storyboard para o Cinema (tenho essa impressão toda vez que assisto Watchmen, inclusive irei reler a graphic novel na próxima semana. Já estou com o livro “Watchmen e a Filosofia”; separado para preparar as próximas colunas).

Voltando novamente...

O valor literário de Superman. Pensando nos elementos que supracitei: Sim, há filosofia, estética e visão de mundo. Bom, pelo menos é o que dizem os autores do livro organizado por Willian Irwin.

Ah. Encontrei uma resposta para uma pergunta que fiz semana passada.

É correto mudar o destino de bilhões e salvar apenas aquele humano que você ama?

Por uma imensa coincidência há questão parecida no livro.

Irei reproduzir o texto do livro:

Em Superman: The Movie 1978, o Super-Homem pode simplesmente retroceder o tempo ao voar algumas voltas rápidas em volta da Terra. Se o Super-Homem é capaz de evitar todas as mortes não naturais, será que poderiam argumentar se ele deveria?”

Bom, na verdade, metade da minha questão. Devo me ater à parte: É correto mudar o destino de bilhões? Ele deve evitar todas as mortes não naturais com esse feito: Retroceder o tempo?

De acordo com o livro não deveria.

Talvez por deliberadamente mudar o destino das pessoas.

Mas os argumentos da resposta do livro são muito longos e prefiro que vocês o procurem e leiam. Lá terão as visões Utilitaristas, Deontológicas e as da Ética das Virtudes. Tudo referente ao julgamento moral e as questões que envolvem religião, a “humanidade” do Super-Homem, sua empatia, como ele executa seu papel ou papéis morais, etc.

Sobre a pergunta uma coisa é ajudar os outros, outra é interferir no destino. Mas essa questão é metafísica e envolve crer que cada um deve seguir um caminho predestinado. Outro problema.

Já deu para ver que o livro trás pontos interessantes para essa nossa conversa de boteco.

Isso me faz lembrar uma coisa que pensei há pouco, antes de sentar aqui e escrever.

E se...

Já há a história da nave caindo na Rússia em 1938... No livro há um exercício intelectual caso ele nascesse na Alemanha de Hitler. Mas e se a nave caísse em Minas Gerais?

Ou na Bahia?

Não estou brincando.

Imagine o trabalho para criar um alienígena no sertão?

Não sei por que imaginei isso, acho que cansei desse lance de tudo se resumir a USA, Rússia e Alemanha nazista.

Já que o exercício é a origem alternativa, por que não aqui? E nem é absurdo tendo em vista que a nave caiu na Terra. A chance de cair no mar e tudo acabar ali também é grande. Nesse caso, nem teria história alguma.

Bom.

Até semana que vem.

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